A Atlas Agro, com o projeto inédito de construção da primeira fábrica de fertilizantes nitrogenados a partir do hidrogênio verde no Brasil, acaba de ser selecionada para ingressar na plataforma Acelerador de Transição Industrial (ITA, na sigla em inglês). O ITA foi criado em dezembro de 2023, na Cúpula Mundial de Ação Climática COP28, pelos Emirados Árabes Unidos, pelas Nações Unidas para Mudanças Climáticas e pela Bloomberg Philanthropies, para reunir líderes globais de todo o setor, instituições financeiras e governos para desbloquear investimentos em escala, com o objetivo de alcanças a rápida implantação de soluções de descarbonização.
O anúncio da parceria e do próprio lançamento do ITA no Brasil acontece hoje (dia 17/10), na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), com a presença de diversas empresas nacionais e estrangeiras, agentes públicos brasileiros e players internacionais ligados a transição energética e descarbonização das economias.
Uma das primeiras a ingressar neste esforço global do ITA em território brasileiro, o projeto Uberaba Green Fertilizer (UGF) da Atlas Agro foi selecionado para fazer parte da lista de projetos da iniciativa e colaborar com a aceleração e implementação de soluções de descarbonização nos setores da indústria pesada e de mais áreas críticas no mundo. A proposta é trabalharem em conjunto desenvolvendo soluções para os principais desafios encontrados em projetos inovadores de transição energética e descarbonização.
A fábrica de fertilizantes verdes e amônia verde da empresa no País, construída em Uberaba (MG) com investimentos totais de R$ 4,3 bilhões, terminou recentemente a fase de pré-engenharia e se prepara para iniciar o projeto executivo nos próximos meses. O projeto é uma das referências do ITA para ampliar os investimentos verdes no País, descarbonizar a atividade agrícola e avançar na neoindustrialização brasileira.
A nova planta também é vista no mercado internacional como uma das iniciativas mais relevantes na promoção de segurança alimentar e no fornecimento de alimentos com baixa pegada de carbono em seus processos produtivos. Outro diferencial do projeto é a possibilidade de redução da dependência de insumos importados, como é o caso dos fertilizantes, que têm seus mercados fornecedores concentrados exatamente em locais de conflitos e guerras.