Apesar da queda na produção total de grãos do estado, alguns produtos deverão apresentar
crescimento, onde o destaque é a soja, com uma produção total em 2024 da ordem de 3,76 milhões de
toneladas, contra uma produção de 3,38 milhões de toneladas em 2023, o que deve representar um
aumento de cerca de 376 mil toneladas (+11,12%). Outros produtos deverão ter incremento de produção
em 2024, onde destacam-se: o feijão, com um aumento de 94% na safra, que deverá chegar a uma
produção de 86,3 mil toneladas; o algodão herbáceo, com um aumento de 30,15% na safra, deverá
apresentar uma produção de 63,6 mil toneladas; e a fava em grão, com um aumento de 37,07% na
produção, deverá registrar uma safra de 906 toneladas. Com relação ao aumento da produção de soja,
Pedro Andrade afirmou que “o aumento da safra deveu-se em grande parte ao incremento na área
plantada, da ordem de 14,57%, tanto em função de uma substituição de culturas, principalmente com a
do milho, como também por questões logísticas e comerciais”.
No contexto nacional, o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do IBGE,
mostra que a safra brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas deve totalizar 300,7 milhões de
toneladas em 2024. Trata-se de um valor 4,7% ou 14,7 milhões de toneladas menor do que a safra
obtida em 2023 (315,4 milhões de toneladas).
Os principais destaques negativos da safra nacional em 2024, até o presente momento, são as
estimativas da produção de milho e soja. O milho, a soja e o arroz representam 92,0% da estimativa da
produção e são responsáveis por 86,9% da área colhida. Na comparação com 2023, houve aumentos na
produção estimada do algodão herbáceo em caroço (5,6%), do arroz (1,3%), do feijão (8,1%) e do trigo
(24,2%). Por outro lado, soja (-1,8%), sorgo (-14,0%) e milho (-10,8%, sendo -9,6% no milho de 1a safra
e -11,2% no milho de 2a safra) recuaram.